Os presidentes Jair Bolsonaro e Vladimir Putin se encontraram em Moscou, acompanhados de dois intérpretes — Foto: Reprodução

 O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta quarta-feira (16), por volta de 7h40 no horário de Brasília, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Kremlin. Moscou está seis horas à frente do horário oficial brasileira. A PutinBolsonaro disse que os dois países têm “muito a colaborar em várias áreas”.

“Estou muito feliz e honrado pelo seu convite. Somos solidários à Rússia. Muito a colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura. As reuniões estão acontecendo. Tenho certeza que até mesmo essa passagem por aqui são o retrato para o mundo de que nós podemos crescer muito com as nossas relações bilaterais”, disse Bolsonaro ao lado do presidente russo e dos intérpretes.

Putin, por sua vez, disse que o Brasil é o principal parceiro comercial da Rússia na América Latina.

“Estamos retomando as relações que foram interrompidas pela pandemia. Os principais ministros dos seus governo visitaram Moscou. Hoje, foi realizado um encontro com os ministros das Relações Exteriores e da Defesa. Trabalhamos ativamente nos fóruns internacionais. É uma alegria recebê-lo e espero que nosso encontro seja produtivo. O Brasil é o principal parceiro comercial na região da América Latina. Bem-vindo”, afirmou o presidente russo ao lado de Bolsonaro.

Foto: Alan Santos/PR

 Flores no Túmulo do Soldado Desconhecido

O encontro de Putin e o presidente brasileiro faz parte da agenda oficial da viagem de Bolsonaro a Moscou. Mais cedo, Bolsonaro iniciou a programação depositando flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.

 Bolsonaro viajou para a Rússia em um momento em que o país europeu protagoniza uma crise diplomática internacional que tem mobilizado as principais potências do mundo.

 Nas últimas semanas, Putin ordenou a movimentação de centenas de milhares de tropas em regiões de fronteira com a Ucrânia. O gesto foi visto pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como uma tentativa russa de invadir o território ucraniano.

A viagem do presidente brasileiro já estava marcada antes da escalada da crise. Mas especialistas entendem que a ida de Bolsonaro à Rússia não foi oportuna, já que pode desagradar potências historicamente parceiras do Brasil, como os Estados Unidos e países da União Europeia.

G1/Política