Foto: Walterson Rosa / MS

A coinfecção, contaminação simultânea por dois tipos de vírus, é um fenômeno frequentemente observado em surtos de doenças, segundo afirmou Rômulo Neris, virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Pelo menos seis estados do Brasil registraram casos de dupla contaminação pelo coronavírus e o vírus influenza, conhecida como “Flurona”, de acordo com levantamento feito junto às secretarias estaduais de saúde. São eles: Ceará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia; Santa Catarina investiga possíveis casos de coinfecção.

Segundo Neris, esse fenômeno é registrado desde o início da pandemia, não necessariamente com esses dois vírus. Durante as epidemias de zika e chikungunya, ocorreram diversos casos de coinfecção entre as doenças, também de acordo com o virologista.

“Precisamos ressaltar que não é um único vírus que faz isso, e nem um vírus novo. É um fenômeno natural”, disse.

Ele alerta que é necessário ampliar a capacidade de testagem e vigilância sanitária para compreender como isso pode afetar, de fato, o Brasil.

Neris afirmou também que não é possível ter certeza se a coinfecção causa quadros mais graves, mas que o principal grupo de risco continua sendo de pessoas com idade mais avançada.

CNN Brasil