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Um homem foi detido pela polícia por maus-tratos contra animais no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife (PE). Imagens mostram que, na casa dele, havia carcaças de cachorros, fezes e animais bastante doentes e debilitados.O caso foi descoberto pela protetora de animais Maria do Carmo Figueiredo França de Souza, conhecida como Carmo Proteção. Ela disse que foi até a casa do homem na noite do sábado (8) e que, no local, encontrou as carcaças, além de 17 animais maltratados.

Segundo testemunhas, a carne teria sido vendida como se fosse de bode. Maria do Carmo afirmou, ainda, que chamou a polícia depois que viu a situação da casa em que o homem mora e que ficou até a madrugada do domingo (9) no local.

“Na hora da apreensão, a polícia chegou e disse: ‘O senhor está preso, tem o direito de permanecer calado ou chamar um advogado’. Ele disse: ‘Eu já sei o que é, já. É os cachorros, né? Pode me prender’. Ele é um idosinho. Perguntaram a ele: ‘Rapaz, por que tu fazias isso com os cachorros?’. E ele disse: ‘Eu precisava, minha filha, eu precisava’. Ele confessou”, afirmou a mulher.

A denúncia sobre a suposta venda de carne de cachorro é investigada pela Polícia Civil. Maria do Carmo relatou que isso foi dito por pessoas que estavam no local e também foi questionado ao homem, que apontou a participação da esposa no caso.

“Disseram: ‘E por que você deixava o pessoal vender como carne de carneiro, de bode?’. Ele disse: ‘Eu não sei o que faziam com eles, não. Ela que levava. Eu só raspava eles, dava banho e ela levava’, a mulher, para vender, a mulher dele”, declarou a protetora de animais.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi autuado por maus-tratos contra animais e foi conduzido à Delegacia de Boa Viagem para “aplicação das medidas cabíveis”. A corporação não informou quais foram essas medidas nem se o homem foi solto após a autuação.

Mesmo sem condições de cuidar dos bichos, Maria do Carmo resgatou 17 animais e os levou para casa, entre cães, gatos, periquitos, galinha e galo.

“Eu não tenho condições de cuidar. Não tenho ração suficiente nem tenho recursos para cuidar. Tem muitos com tumores, feridas. Ele vivia com um ferro batendo neles”, afirmou.

g1