A maioria dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou há pouco a indicação de André Mendonça (foto) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, o “terrivelmente evangélico” terá de passar pelo crivo do plenário, onde precisará do apoio de pelo menos 41 senadores. A votação é secreta.

Na CCJ, Mendonça recebeu o apoio de XX senadores, XX votos a mais que o necessário. Outros XX parlamentares votaram contra.

O indicado de Jair Bolsonaro começou a ser sabatinado na manhã desta quarta-feira (1º). O rito é obrigatório antes da votação da indicação. A vaga no Supremo foi aberta após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, em julho deste ano.

Na sabatina, Mendonça falou que vai defender casamento entre pessoas do mesmo sexo e que o instituto da delação premiada não pode ser utilizado como prova para incriminar alguém. Ele também defendeu que não se pode “criminalizar a política”.

O ex-AGU e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública também contrariou Bolsonaro e descartou a possibilidade de conduzir orações em sessões do STF. Ele enalteceu o trabalho da CPI da Covid e tentou convencer os senadores de que não perseguiu críticos de Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional (LSN).

Mendonça foi indicado em 14 de julho, mas teve o processo travado por mais de quatro meses pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O Antagonista