Estrutura metálica ficou destruída após Pirassununga (SP) ter sido atingida por um tornado neste sábado (9) – Fotos: Defesa Civil de Pirassununga

Mais de uma centena de árvores foram arrancadas, dezenas de casas sofreram destelhamento e estruturas ficaram destruídas em Pirassununga (a 211 km de São Paulo) na noite deste sábado (9) após a passagem de um tornado com ventos cuja velocidade superou 70 quilômetros por hora.Foram registrados 42 milímetros de chuva com granizo por cerca de 40 minutos. O temporal causou estragos principalmente na região central e na zona sul da cidade do interior paulista, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública local.

A prefeitura anunciou que vai decretar estado de calamidade pública, já que além das centenas de árvores derrubadas pela força do vento, a fiação elétrica foi danificada e a chuva também alagou prédios, como a própria prefeitura e a Santa Casa.

Não houve registro de feridos ou de desabrigados, segundo a secretaria, mas parte da cidade ficou sem o fornecimento de energia elétrica e também sem acesso à internet. O granizo também cobriu um trecho da rodovia Anhanguera que corta Pirassununga.

“O tornado causou um estrago enorme no município, principalmente na região central e zona sul. Devastou o município, foi um estrago grande, grande mesmo, que a gente nunca viu. Ficamos no núcleo da tempestade”, afirmou Paulo Tannús, secretário da Segurança de Pirassununga.

Em um vídeo feito a partir da Santa Casa, onde estava de plantão, o prefeito Dimas Urban (PSD), que é médico, disse que o hospital sofreu inundação, que alagou o pronto-socorro e o centro cirúrgico.

“Estamos sem condições de realizar partos. Transferimos doentes daqui para Leme, porque não temos condição de manter aqui na Santa Casa”, afirmou o prefeito, que disse ter sofrido danos também em sua casa.

Vacinas, que precisam de refrigeração, foram levadas para Piracicaba para não serem perdidas.

Segundo a Defesa Civil, linhas de instabilidade que continuam atuando em São Paulo provocarão chuva em Pirassununga e cidades da região entre a noite deste domingo (10) e esta segunda-feira (11).

Um outro temor na cidade é com a possibilidade de falta de água. Embora os sistemas estejam funcionando, a operação das bombas depende de energia elétrica, que foi afetada com o tornado.

Folha de São Paulo