Marcos Vitor Dantas Aguiar Pereira, de 22 anos, teve a prisão preventiva decretada nesta terça-feira; A Delegacia de Proteção à Criança de Teresina, no Piauí, não encontrou o suspeito

A Polícia Federal emitiu alerta para os aeroportos após o estudante de medicina acusado de estuprar quatro meninas da família, entre elas as irmãs de 3 e 9 anos, ser considerado foragido. Nesta terça-feira, Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, de 22 anos, teve sua prisão preventiva decretada. A Delegacia de Proteção à Criança de Teresina, no Piauí, realizou buscas pelo investigado, mas não o encontrou nos possíveis endereços indicados no inquérito.
O caso corre em sigilo de Justiça. O advogado do estudante, Eduardo Faustino, nega que ele esteja foragido e alega que apenas abriu mão do "direito ao interrogatório". Familiares, no entanto, temem que ele tente fugir para os EUA ou para Portugal. Procurada ontem, a defesa de Marcos Vitor disse que não tinha conhecimento do pedido de prisão.


Madrasta e mãe de duas crianças abusadas pede ajuda pelas redes sociais para tentar localizar suspeito: "A prisão foi decretada, mas ele está foragido, coisa que já tínhamos alertado antes sobre o risco de fuga dele, mas contamos com a colaboração de todos, pedimos a divulgação das fotos dele em massa, e qualquer pista ou notícia dele que liguem para a polícia (86) 3216-5225 Polícia Civil do Piauí, fotografem também, seremos muito gratas", apela.


Estudante de medicina de uma universidade de Manaus, Marcos Vitor foi viver com a familia da madrasta quando tinha 11 anos. Depois de alguns anos de convívio com a família, uma prima, hoje com 13 anos, tentou suicídio e revelou que tinha sido abusada pelo jovem entre os 5 e os 10 anos. A primeira vez teria sido durante uma viagem da família ao Uruguai. A policia investiga se o estudante praticava o crime desde a adolescência. Depois do desabafo da prima, que toma antidepressivos desde os 6 anos, as irmãs de Marcos Vitor também fizeram relatos de abusos, em depoimentos acompanhados por psicológos e assistentes sociais, diretamente na Justiça estadual.

Fonte: O Globo
Foto: Reprodução