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A paralisia cerebral não limitou Ryan Silva, 33 anos, de Carnaúba dos Dantas, no Rio Grande do Norte, a se revelar um grande artista de pintura em tela. Apenas com a cabeça e um suporte para a ponteira, ele pinta quadros, expressando as mais belas paisagens do Nordeste. O site Razões para Acreditar promove uma vaquinha para ajudar a comprar uma nova cadeira para o jovem.

Ryan tem um sonho para tornar sua liberdade ainda maior: ter a sua cadeira motorizada. Atualmente, a que ele usa está velha, com partes quebradas e rodas saindo. A vaquinha poderá ajudar a adquirir a cadeira motorizada de Ryan, sob medida, para que ele não sinta mais dores. O modelo terá apoio para a cabeça e servirá de suporte para suas pinturas, já que hoje, ele depende de outras pessoas para deixar o quadro fixado enquanto pinta.

A cadeira que Ryan usa hoje tem mais de 5 anos (e chegou 8 anos atrasada via SUS), estando muito pequena pra ele, o que o machuca muito. Ryan nasceu com paralisia por uma negligência médica. Sua mãe, que estava sozinha na sala de parto, deu à luz e viu o filho cair no chão. Como consequência, houve falta de oxigenação no cérebro, gerando o quadro de paralisia.



Hoje, Ryan tem os movimentos do corpo limitado, necessita de ajuda para tudo e faz uso de fraldas. Possui também desvio na coluna, o que o leva a ter muitas dores.

“Irmãe” ajuda no dia a dia

Atualmente, quem ajuda Ryan é a irmã, Thabatta Pimenta, de 29 anos, a primeira vereadora trans do estado no RN. Ela cuida do Ryan como se fosse seu filho, desde que há 10 anos, o irmão mais velho morreu em seus braços.

Thabatta luta pela educação inclusiva, acessibilidade e direito às pessoas com deficiência e carrega o Ryan, literalmente, nos braços para todos os lados (praia, cinema, festas) para que ele sempre se sinta parte das atividades do dia a dia.

Cadeira motorizada dará mais liberdade para Ryan pintar e se locomover

Com a cadeira sendo sob medida, Ryan não sofrerá mais dores. O modelo que será comprado com a vaquinha tem apoio para a cabeça e servirá de suporte para suas pinturas, já que hoje, ele depende de outras pessoas para deixar o quadro fixado enquanto pinta.

Ryan começou a pintar há 11 anos na escola e nunca mais parou. É com as pinturas que ele se expressa e se sente livre. Na época, ele usava o pincel na boca e há três anos conseguiu o suporte para que ele usa na cabeça para pintar.

“A paralisia afetou seus movimentos, mas ele é extremamente inteligente, se expressa, entende tudo. É ele quem nos dá forças. Quando mainha se foi ele disse que ele ia cuidar da gente”, contou Thabatta ao Razões para Acreditar.

Razões para Acreditar