Hospital Vila Nova Star, em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP

O presidente Jair Bolsonaro passará por uma nova bateria de exames clínicos e laboratoriais nesta quinta-feira (14), segundo a assessoria de imprensa do Hospital Vila Nova Star, onde ele está internado desde a noite de quarta. Com quadro considerado “estável” pelos médicos, Bolsonaro teve cirurgia descartada neste momento e deve prosseguir com tratamento clínico conservador, que envolve remédios e hidratação.O presidente chegou no hospital da zona sul de São Paulo por volta das 19h30, transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Ele estava acompanhado do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e do cirurgião Antonio Luiz de Macedo, que o operou em 2018, após a facada.

De acordo com a assessoria do hospital, Macedo também acompanhará Bolsonaro nesta quinta-feira, durante os exames. Foi ele quem constatou a obstrução intestinal nesta quarta, quando o presidente foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Há mais de dez dias o presidente se queixava de soluços persitentes.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse pretende para São Paulo na quinta-feira. Na ocasião, ele também afirmou que Bolsonaro chegou a ser intubado por “precaução” em Brasília, mas a informação não foi confirmada.

O que é obstrução intestinal?

Obstrução intestinal é um bloqueio de parte do intestino (grosso ou delgado) que impede o funcionamento normal do sistema digestivo, ou a passagem das fezes. Isso pode ser provocado por questões de saúde mais graves, como tumores, ou brandas, como desdobramentos de cirurgias abdominais. Nesse caso, o problema se assemelha a uma cicatriz na área intestinal.

A obstrução intestinal, diagnosticada no presidente Jair Bolsonaro, pode ser resultado das operações pelas quais ele passou após levar uma facada, em setembro de 2018, de acordo com médicos especialistas no sistema digestivo ouvidos pelo GLOBO. Segundo os profissionais, o quadro também explica as crises de soluço que o chefe do Executivo relatou ter há mais de dez dias.

Problemas do tipo podem ser resolvidos com a ingestão de remédios ou exigir a realização de cirurgia, quando a obstrução é mais grave. Ainda segundo os médicos, em geral, essas operações não são consideradas de risco, mas tudo depende do quadro clínico do paciente, que pode ficar até dez dias internado, em recuperação.

O Globo