O casal preso em Natal na última segunda-feira (29) confessou que matou a menina de 11 anos de idade que está desaparecida no município de Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com a Polícia Civil, o casal disse que realizava um ritual com a criança.

“Eles acreditavam em uma manifestação espiritual em que havia a promessa de que, se o suspeito bebesse sangue de uma adolescente virgem, ele conseguiria se livrar do mundo das drogas. Eles acreditaram nessa ideia e esperaram a oportunidade de ter contato com a vítima com essas características”, disse o delegado Andson Rodrigo de Oliveira, da 4ª Delegacia Regional de Polícia, em Pau dos Ferros, que investiga o caso.

Um corpo foi encontrado na casa do casal em Pau dos Ferros dentro de uma caixa. O casal confessou à polícia que o corpo é da menina de 11 anos, mas a identificação oficial só vai acontecer em cerca de 30 dias após o resultado do exame de DNA, segundo o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

De acordo com delegado, o homem de 29 anos e a mulher de 17 não tinham a intenção inicial de matar a vítima, mas de beber o sangue dela.

“A criança começou a fazer barulho, ficou inquieta, assustada durante a prática do ritual. Eles ficaram com medo de descobrirem o que eles estavam fazendo naquele momento e decidiram, ambos ali, matar a criança. E mataram por esganadura, asfixiaram a criança”, disse.

O casal disse ao delegado durante o depoimento que a criança não foi escolhida previamente. “No dia 26 de maio, eles estavam andando e tiveram contato com a criança. Esse encontro foi fortuito”, explicou o delegado Andson Rodrigo de Oliveira.

“O fato deles já conhecerem a criança facilitou a aproximação. Conseguiram atraí-la para o interior da residência do casal, onde o crime aconteceu. Lá foi iniciado esse ritual”.

Na casa do casal, a vítima foi encontrada dentro de uma caixa, mas havia um buraco no quintal.

“Eles tentaram enterrar o corpo no quintal da casa. Não conseguiram fazer isso porque foi difícil cavar a cova, porque o terreno era resistente, muita pedra. Por terem essa dificuldade de enterrar o corpo, decidiram fugir com destino ignorado e colocaram o corpo em uma caixa”, disse o delegado.

G1RN