O Rio Grande do Norte é o segundo do país no ranking de inquéritos por crimes eleitorais no Brasil, quando considerada a proporção por 100 mil eleitores. Enquanto o Rio de Janeiro lidera em números absolutos (3.487 investigações, entre 2013 e 2020), unidades da Federação com menos eleitores em comparação às mais populosas assumem a dianteira proporcionalmente.Por esse critério, Roraima aparece em 1º lugar com 97,6 inquéritos por 100 mil eleitores, seguido pelo Rio Grande do Norte (73,4) e Acre (59,2). O levantamento foi feito por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) nos dados da Polícia Federal (PF).

Dentro do universo de inquéritos, há delitos eleitorais clássicos, como a boca de urna, apontado pelos agentes como a principal conduta criminosa, até ação de grupos armados.

Há um mês, a PF deflagrou em Roraima a Operação Déjà Vu, sobre compra de votos nas eleições de 2020. No Acre, a polícia apurou em 2016 a ação de caciques da etnia huni kuin, que proibiram a entrada em suas terras de candidatos não indígenas.

Robson Pires