13/04/2021 06h23
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu, na noite desta segunda-feira (12/4), em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, que não faltarão vacinas para as pessoas que já tomaram a primeira dose do imunizante. Segundo ele, já são 1 milhão da vacinados todos os dias. “Somente agora, no mês de abril, nós já temos asseguradas mais de 30 milhões de doses”, ressaltou.
Queiroga foi o convidado desta segunda-feira (12/4) do Sem Censura, programa que foi reformatado pela TV Brasil. Para entrevistá-lo, foram convidadas as jornalistas Lilian Tahan, diretora-executiva do Metrópoles, e Carla Araújo, do UOL.

O ministro apelou para as pessoas que se vacinaram que tomem a segunda dose, já que mais de 500 mil pessoas não voltaram aos postos de vacinação no dia previsto. “A vacinação é a saída, é o passaporte da esperança”, disse o ministro sobre o exemplo de Serrana (SP), que zerou a busca por UTI após participar de projeto piloto de vacinação em massa.

Testes

Questionado sobre testes RT-PCR, para detectar a Covid-19, que seguem encalhados no Ministério da Saúde, Queiroga respondeu: “A curto prazo [vamos distribuir]. Conseguimos com a iniciativa privada a outra etapa dos testes e vamos dispensar pra municípios e estados”, prometeu.

Como mostrou o Metrópoles no último dia 4 de abril, 2,8 milhões de testes estão parados no Ministério da Saúde, mesmo após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) estender o prazo de validade até maio e junho deste ano.

Sobre tratamento precoce, o ministro afirmou que isso, em nenhum momento, foi defendido. “Se defendeu atendimento precoce e autonomia do médico”, argumentou o ministro.

“Autonomia médica é algo milenar. E o uso de medicamentos off label é, em relação à Covid, uma prática. Porque essa doença é nova e não temos, mesmo nos medicamentos onde há aceitação da classe médica e estudos, não temos na bula essa indicação”, completou.

“Covid veio para ficar”

Na entrevista na TV Brasil, Queiroga disse ainda que “a Covid-19 é uma doença que veio para ficar, mas precisamos cessar seu efeito pandêmico”, defendendo a vacinação e reforçando a promessa de tentar vacinar em média um milhão de pessoas por dia. “Vacinação anual ainda não sabemos, mas é possível que precisemos sim. Vamos ter que conviver com o que já se convencionou chamar de ‘novo normal’”.

O ministro ainda tentou blindar o ministério da pressão política do debate da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. “Estou muito mais preocupado com CTI do que com CPI”, disse ele.

“O Ministério cuida de política de saúde, não de política na saúde. Mas o Congresso é soberano para instaurar CPIs e, se for o caso, vamos prestar informações do que tem sido feito”, prometeu.

METRÓPOLES