Seja acompanhando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em viagens, seja em aparições cada vez mais frequentes no Palácio do Planalto, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PROS-AL) vem ganhando abertura no governo federal recentemente, marcando a reversão de visão que um manifestava sobre o outro até pouco tempo atrás. Antes chamado de “grande mentiroso”, entre outros adjetivos, pelo atual presidente, Collor esteve presente em duas viagens recentes de Bolsonaro ao Nordeste.
Na primeira delas, durante uma inauguração de obras em Piranhas (AL), em novembro, antes do primeiro turno das eleições municipais, o presidente afirmou que Collor era “um homem que luta pelo interesse do Brasil”. O senador alagoano também participou há dez dias de uma reunião do chefe do Executivo com a equipe econômica para discutir o impacto do novo reajuste dos preços dos combustíveis.

O próprio Bolsonaro aproveitou um evento para relatar que Collor havia aparecido no Palácio do Planalto e então acabou convidado para a reunião, dando “sugestões bem-vindas e acolhidas por nós”. Collor também havia agradado ao presidente quando recusou o convite do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para lançar a campanha de vacinação contra a Covid-19.