Uma cabo eleitoral aliada da família Cozzolino — que permaneceu à frente da Prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense, por quase duas décadas — foi morta a tiros na manhã desta sexta-feira, menos de 12 horas após prestar depoimento na Polícia Federal. Renata Castro, de 38 anos, disse à PF que estava sendo ameaçada pelo vereador Clevinho Vidal (PCdoB), segundo fontes do Extra. Renata estava em casa, no bairro Fragoso, quando foi morta com ao menos 14 tiros. Para a Delegacia de Homicídos da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso, a principal linha de investigação é crime político.


Em um vídeo publicado na tarde de ontem, Renata aparece na frente da PF e acusa Clevinho de ameaça e coação. O Extra entrou em contato com Clevinho Vidal, mas ainda não obteve resposta.

“Não adianta me ameaçarem de morte. Hoje teve dois cidadãos que foram, né Clevinho, você foi hoje ao prédio me ameaçar, me coagir. Estou esperando. Não tenho medo de você", disse no vídeo.

Renata trabalhava na campanha do candidato a vereador e policial militar Pablo Vasconcelos. Os Cozzolino tentam recuperar o poder com a candidatura a prefeito do deputado estadual Renato Cozzolino (PP), sobrinho da ex-deputada estadual e ex-prefeita Núbia, afastada do último cargo em seu segundo mandato por improbidade administrativa.

Renata Castro ficou conhecida em Magé por críticas contra a atual administração, do prefeito Rafael Tubarão. Renata era prima do também deputado estadual Vandro Lopes Gonçalves, o Vandro Família (Solidariedade). A cabo eleitoral chegou a fazer parte da campanha que elegeu Rafael Tubarão (Cidadania) eleito juntamente com Vandro a vice na chapa. No entanto, Renata rompeu com a dupla e passou a ser inimiga política de ambos.