Foto: reprodução

O ex-secretário de Obras do município de Patrocínio (MG), Jorge Marra, se entregou à polícia e foi preso neste domingo. Marra era alvo de mandado de prisão desde sexta-feira pelo assassinato do candidato a vereador Cássio Reims, interrompido durante uma live em que fazia críticas à prefeitura. As informações são do portal G1.Marra se entregou na Delegacia Regional da Polícia Civil na cidade. O crime ocorreu na quinta-feira, quando Jorge Marra foi flagrado por câmeras de segurança tomando o celular de Cássio Reims e iniciando uma discussão, por conta da live do candidato a vereador. Além de ex-secretário municipal, Marra é irmão do prefeito, Deiró Moreira Marra, que é candidato à reeleição. Na live, a vítima havia denunciado que funcionários da prefeitura haviam sido deslocados para fazer serviços em frente ao suposto comitê de campanha de Deiró Marra.


De acordo com o delegado Renato Mendonça, em declarações ao G1, cinco testemunhas foram ouvidas e mais pessoas devem ser chamadas para depor ao longo desta semana, incluindo um ex-prefeito de Perdizes (MG), que não teve a identidade revelada, suspeito de ajudar na fuga de Jorge Marra. Na sexta, a polícia havia encontrado a arma que teria sido usada no crime e uma caminhonete utilizada na fuga do ex-secretário.

Segundo o delegado, Jorge Marra não tinha licença para portar revólver, embora a arma estivesse registrada. Cássio Reims foi velado na última sexta.

Reims e Marra são duas famílias tradicionais da política regional, mas que até então conviviam pacificamente. Moradores contam que, além delas, também têm influência política na cidade do Alto Paranaíba as famílias Brasileiro, Queiroz, Elias e Siqueira. Muitas vezes em lados opostos, as divergências nunca tinham chegado ao campo criminal.

Cássio Remis, advogado, tinha 37 anos e era presidente do PSDB no município. Ele já tinha sido vereador por dois mandatos. Em 2016, foi derrotado pelo atual prefeito, Deiró Marra (DEM), na disputa pelo cargo. Desde então, o ativista político ficou conhecido por fazer vídeos nas redes sociais denunciando supostas irregularidades da atual administração.

O Globo