Justiça mantém condenação de apresentador Gilberto Barros por homofobia ao dizer que ‘vomita’ e ‘bate em homens que se beijam’

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A 13ª Câmara de Direito Criminal de São Paulo manteve a condenação do apresentador Gilberto Barros, de 64 anos, por uma fala homofóbica dita no programa Amigos do Leão. A atração é transmitida no YouTube.Com isto, Gilberto Barros segue condenado a dois anos de detenção em regime aberto, além do pagamento de 10 dias de multa e prestação de serviços à comunidade. Essa decisão foi divulgada em 16 de agosto de 2022 e foi mantida após a última audiência do caso.
O apresentador e o Ministério Público haviam recorrido na 4ª Vara Criminal do Foro Central da Barra Funda, mas o pedido foi negado pela Justiça. A recusa da solicitação foi divulgada na quinta-feira, 25, e disponibilizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Essa decisão também cabe recurso.
Em setembro de 2020, Gilberto Barros comentou, durante seu programa no YouTube, que sentiu ânsia de vômito ao presenciar dois homens se beijando.
“Eu guardava o carro na garagem e avistei um beijo de língua de dois bigodes, porque tinha uma boate gay ali na frente, não tenho nada contra, mas eu também vomito, sou gente. Hoje em dia se quiser fazer na minha frente faz, apanha dois, mas faz”, disse ele, dando a entender que agrediria as duas pessoas.
Ano passado, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira entendeu que em 9 de setembro de 2020, Barros “praticou e induziu a discriminação e preconceito de raça, sob o aspecto da homofobia” pelo YouTube, em um canal que tinha cerca 199 mil inscritos.
A defesa de Gilberto alegou na Justiça que não houve intenção de atacar publicamente a comunidade e que durante a correira “buscou defender as minorias”.
g1/Terra.com