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No começo de janeiro, quando tudo ainda era flores, as pessoas que votaram em Lula para presidente tinham orgulho de demonstrar isso, de afirmar que tirou o presidente do “ódio” do Governo, e que o amor havia voltado. A esperança era a de que o Brasil ficaria mais leve, mais tranquilo e menos caro para o bolso do trabalhador.

Porém, após a posse de Lula, houve confronto com o mercado, o setor do agro, classe média, empresários e Petrobras. O governo anunciou a volta de impostos em diversos setores: combustíveis, videogames, remédios, bebidas e alimentos. Aqueles que esperavam picanha e cerveja, agora enfrentam bandejas com 30 ovos por quase R$ 30 nos supermercados. Em alguns estados, a gasolina ultrapassa os R$ 8,00.

A aproximação com ditaduras na América Latina, retomada dos investimentos na Argentina, Cuba e Venezuela e a farra com os recursos da Lei Rouanet para a classe artística global também entram no rol de decepções.

Os empreendedores e investidores perderam a esperança à medida que artigos em grandes jornais como A Folha, Estadão e O Globo, que apoiaram abertamente a candidatura do petista, começaram a soltar críticas afirmando que o governo Lula parece repetir os erros do governo Dilma. Empresas estão fechando e ocorrendo demissões em massa no país, além do risco de inflação.

Em apenas dois meses, muitos eleitores que fizeram o “L” perceberam que o que eles imaginavam é totalmente diferente do que o governo apresenta. Poucos ainda se arriscam a defendê-lo, exceto os petistas mais radicais. Somente os “Che Guevara de apartamento” que fumam maconha e usam boina vermelha com a foice e martelo.

Atualmente, fazer o “L” tem virado o maior xingamento no país. O brasileiro percebeu, tardiamente, que se enfiou em uma verdadeira enrascada. O pior, não terá mais Bolsonaro para criticar.

Blog do Ismael Sousa