Foto: Agência Brasília

Diariamente apontado por adversários políticos como algoz dos trabalhadores brasileiros por ter sido o relator da reforma trabalhista de 2017, o ex-deputado Rogério Marinho (PL) deve ter recebido o editorial deste domingo, 17, do jornal O Globo como um verdadeiro bálsamo.Ao contrário dos chavões usados pelos críticos da reforma – o PT, as esquerdas e os sindicatos que tinham nas velhas leis trabalhistas uma bilionária fonte de recursos – o editorial de O Globo traz números e fatos. E contra os quais não há argumentos.

Contra o velho e puído discurso das esquerdas de que a reforma precarizou as relações de trabalho e aumentou o desemprego, o editorial traz números demolidores e uma sentença: a reforma promoveu a recuperação do emprego.

De 2018, quando a reforma entrou em vigor, até maio deste ano, o saldo positivo de empregos formais, já descontadas as demissões, foi de 4.798.117 vagas preenchidas.

Mesmo com baque produzido pela pandemia, de 2020 até maio de 2022 o saldo foi de 3.624.484 novas vagas, das quais 277.018 só em maio último.

Nos cinco primeiros meses de 2022, as contratações líquidas – descontadas as demissões – chegaram a 1.051.503. O total de empregados com carteira assinada no País alcançou um recorde: 41,72 milhões.

O índice de desemprego medido pelo IBGE caiu. De 10,5% em abril para 9,8% em maio. Foi a primeira vez em mais de seis anos, desde 2015, que ficou na casa de um dígito. Fatores circunstanciais e estruturais da economia brasileiras ainda são responsáveis pelos 10,6 milhões de empregados. Mas os avanços produzidos pela reforma são inquestionáveis.

Acabou-se o tempo, por exemplo, em que um empregado ingressava com ação trabalhista contra o empregador confiando simplesmente no histórico da Justiça do Trabalho pró-trabalhador.

Se derrotado na causa, o empregado passou a ser responsável pelos custos do advogado do empregado, que vão de 5 a 15%. Com a reforma, os processos trabalhistas despencaram de 2,63 milhões em 2017 para 1,53 milhão em 2021.
Processos em queda significam menor custo e maior segurança jurídica para a contratação de novos empregados.

Menos processos, menos dívidas trabalhistas, principal fator de falência das pequenas e médias empresas do País, de cujo sucesso depende a recuperação do nível de emprego e da economia brasileira.

Ainda falta muita coisa para a plena recuperação econômica do País.

Mas é certo afirmar que a reforma trabalhista apontou o caminho a seguir.

Na contramão continuam os velhos adeptos da legislação trabalhista que ainda tinha o mofo da era Getúlio Vargas.

Pelo visto, os adversários do ex-ministro Rogério Marinho vão precisar urgentemente mudar o discurso. Sob pena de ficarem mudos ou sozinhos diante da escalada da recuperação do nível de emprego.

BG