Foto: Justin Lane / EFE

Pelo menos 10 pessoas foram baleadas na plataforma de uma estação de metrô do Brooklyn, em Nova York, durante a manhã desta terça-feira, 12, em um episódio violento que aumentou o medo sobre a segurança pública da cidade. Segundo a polícia, 16 estão pessoas ficaram feridas – incluindo os 10 baleados – e foram transportadas para hospitais.O Corpo de Bombeiros disse que cinco pessoas estavam em estado crítico, mas nenhuma delas sofreu ferimentos com risco de vida.

Segundo o porta-voz da polícia, os investigadores acreditam que o atirador atirou de dentro de um vagão de um trem do metrô depois de abrir uma bomba de fumaça. Vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros em pânico saindo do vagão para uma plataforma na rua 36 enquanto a fumaça subia pela estação.

A comissária da polícia de Nova York, Keechant L. Sewell, afirmou que o homem entrou dentro do vagão do trem pouco antes das 8h24 (horário de Nova York) quando o trem parou na estação da rua 36. Vestido com um colete laranja de construção e um moletom cinza, ele colocou uma máscara de gás antes de disparar tiros que atingiram as pessoas do trem e da plataforma próxima. A polícia procura o suspeito.

Sewell acrescentou que nenhum dispositivo explosivo ativo foi encontrado no local ou nos trens do metrô. “Isso não está sendo investigado como um ato de terrorismo neste momento”, disse ela, acrescentando que os policiais não identificaram um motivo.

Os policiais foram chamados à estação de metrô da Rua 36, onde as linhas D, N e R passam pelo bairro Sunset Park, por volta das 8h30, horário de Nova York. O chamado para o Corpo de Bombeiros foi de relatos de fumaça dentro da estação.



Foto: Armen Armenian via Reuters

Ao The New York Times, um estudante da Brooklyn Technical High School, John Butsikares, afirmou que a viagem estava tranquila até a estação da rua 36, quando as portas se abriram e uma pessoa orientou os passageiros que esperavam na plataforma a entrarem correndo. “Eu não sabia o que estava acontecendo. Houve apenas pânico”, contou.

Uma foto da cena mostrava pessoas atendendo passageiros ensanguentados deitados no chão da estação. Nos vídeos postados em redes sociais, pessoas aparecem ensanguentadas e pedem que a polícia seja chamada.

“A porta do metrô se abriu em um estado de calamidade. Havia fumaça, sangue e pessoas gritando’’, disse uma testemunha ocular chamada Sam Carcamo à estação de rádio 1010 WINS. Ele estava na plataforma à espera do trem.

À Associated Press, o morador do Brooklyn, Danny Mastrogiorgio, relatou que havia acabado de deixar o filho na escola quando percebeu a multidão de passageiros saindo do metrô em pânico. Pelo menos dois deles tinham ferimentos na perna, disse. “Foi uma loucura. Ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo”, declarou.

O proprietário de um café próximo à estação, Allan Lee, também relatou que viu quando meia dúzia de carros de polícia e de bombeiros chegaram ao quarteirão da rua 36. Quando notou oficiais e cães do esquadrão antibomba, teve certeza de que não era um problema cotidiano do metrô. “Então eles começaram a conduzir as pessoas que estavam no quarteirão para o quarteirão ao lado e depois fecharam a entrada do metrô”, disse ele à AP.

O incidente aconteceu em uma linha de metrô que atravessa o sul do Brooklyn em um bairro a cerca de 15 minutos de trem de Manhattan. Escolas locais, incluindo a Sunset Park High School, do outro lado da rua, foram fechadas. Os trens que atendem a essa estação estavam atrasados durante a hora do rush da manhã.

Um porta-voz do prefeito de Nova York, Eric Adams, se recusou a comentar, pois os relatórios ainda eram preliminares. Adams está em casa na manhã desta terça-feira sendo informado, de acordo com um porta-voz. Ele se encontra isolado depois de ter sido testado positivo para a covid-19 no domingo, 10.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse em um comunicado que foi informada sobre a situação e que seu escritório trabalharia junto com as autoridades de trânsito e o departamento de polícia enquanto a investigação continuasse.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também foi informado sobre o ocorrido e se comunica com as autoridades de Nova York, segundo a Casa Branca.

Estadão