Estudo mostra que mulheres que correm têm melhores e mais intensos orgasmos. Foto: Unsplash

Pesquisadores israelenses identificaram ainda que quanto maior a distância percorrida, maior o impacto na satisfação sexualIncluir o hábito de correr na rotina pode melhorar os orgasmos em mulheres e torná-los mais intensos, mostra um estudo recém-publicado na revista científica International Urogynecology Journal. A conclusão é de pesquisadores da universidade israelense Ben-Gurion, que apontam uma melhor circulação no clitóris e melhor função dos músculos do assoalho pélvico como possíveis explicações.

Conduzido por pesquisadores do departamento de obstetrícia e ginecologia da universidade, o trabalho acompanhou 180 voluntárias que correm de forma amadora, ao menos uma vez por semana, e que não apresentavam diferenças significativas na função sexual. Elas foram divididas na categoria de esforço alto e de esforço moderado, em relação à intensidade da atividade física.

No primeiro grupo, as participantes corriam distâncias superiores a 19 quilômetros por semana, enquanto no segundo, as voluntárias percorriam uma distância inferior à marca a cada sete dias.

O grupo de alto esforço relatou ter orgasmos de maior intensidade em comparação com as mulheres do grupo de esforço moderado, e uma correlação foi encontrada entre a distância de corrida semanal e a intensidade do orgasmo que elas experimentaram. Aquelas que corriam distâncias mais longas foram 28% mais propensas a atingir um melhor orgasmo, que foi um terço mais intenso.

Na conclusão do estudo, os pesquisadores apontaram que “a atividade física de alto esforço pode estar associada à melhora do orgasmo” e que a justificativa pode estar relacionada à “melhor circulação do clitóris” e à “melhor função dos músculos do assoalho pélvico”.

Ao jornal britânico The Sun, a autora principal do estudo, Shanny Sade, disse que, além das explicações descritas na pesquisa, a diferença também pode ser devido a uma “melhor autoestima e imagem corporal, ou uma combinação destes (fatores)”.

Os cientistas acrescentam ainda que, em casos de disfunção sexual, os médicos podem “aumentar a conscientização sobre as vantagens da atividade física e do treinamento e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico, que podem melhorar o tônus e a circulação e, portanto, a função sexual”.

O Globo