Em 1986, Geraldo Melo disputou a eleição para o Governo do Estado contra João Faustino. Ambos hoje falecidos. Geraldo ganhou o apelido que lhe deu notoriedade na campanha: “TAMBORETE”.

A mesma coisa aconteceu com João Faustino que recebeu o apelido de “JOÃO DO CORAÇÃO”.

A campanha foi uma das mais acirradas do Rio Grande do Norte (RN). Os “MAIAS” com João e os “ALVES” com Geraldo. A bandeira Vermelha contra a bandeira Verde.

João era o favorito em todas as pesquisas e era apoiado pela máquina do governo.

Durante a campanha, alguns fatos favoreceram Geraldo. Um deles, foram os adversários tê-lo chamado de “TAMBORETE”, por causa de sua pequena estatura física. Era o que faltava para alavancar sua candidatura. Outro foi o escândalo das “FEIRINHAS” acusadas de serem distribuídas pelos adversários entre eleitores. O caso ganhou repercussão nacional.

Para apimentar ainda mais a campanha, o atual deputado estadual Vivaldo Costa – que tem mania de apelidar seus adversários – durante um comício em Caicó (RN) chamou Geraldo de “GERALDO GARAPA AZEDA” numa alusão as suas usinas de cana de açúcar. Repercutiu no Estado. As apostas, em dinheiro, gado, propriedades, casas, carros e outros valores, aumentaram no RN. Uma verdadeira bolsa de valores.

E Geraldo foi crescendo e amedrontando os adversários que usaram de tudo para derrotá-lo. Urnas abertas: Geraldo, numa vitória muito apertada, é eleito Governador.

“Soprava um novo vento forte no Rio Grande do Norte (RN)”.

No caso de Caicó (RN), especificamente, o deputado estadual Vivaldo Costa, que foi adversário ferrenho de Geraldo, cuidou logo de se OFERECER ao novo governador. Geraldo aceitou o novo aliado, estrategicamente, para ter maioria na Assembleia Legislativa, mas perdia seu mais fiel ESCUDEIRO em Caicó (RN) e uma referência estadual: Manoel Torres (In Memorian). Que na eleição seguinte (1988) foi eleito Prefeito de Caicó (RN) tendo como vice o atual Prefeito de Natal (RN) Álvaro Dias.

Manoel Torres levou com ele essa mágoa. Mas, houve um perdão, a época. Seu Mané não era homem de guardar rancor. Conheci parte de sua trajetória política. Aliás, tive a honra de ser o seu Secretário de Imprensa. Pouca gente tinha esse privilégio. Seu Mané escolhia a dedo seus auxiliares. Todos pessoas honradas. Eu fiz parte do seu time. Agradeço.

Em tempo para não esquecer: Nessa narrativa, uma prova do oportunismo de Vivaldo Costa. Sempre foi assim na política: oportunista, até hoje. Veja! Foi ele quem apelidou Carlos Eduardo de CABEÇÂO DE OLINDA (na eleição de Governador). O mesmo CABEÇÃO em que ele deverá votar para o Senado obedecendo às ordens de Fátima Bezerra caso seja confirmada a aliançado PDT com o PT.(RP)