Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse neste domingo (12) que viu a ‘Declaração à Nação’, assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e elaborada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), como uma “sinalização muito positiva”. “Guardo expectativa e confiança de que ela se perpetue como uma tônica das relações entre os Poderes a partir de agora, porque isso é fundamental ao país”, afirmou.

A declaração foi feita durante homenagem a Juscelino Kubistchek no Memorial JK, em Brasília. Após convocar população para as ruas no último dia 7, e discursar afirmando que não iria mais cumprir decisão judicial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Bolsonaro se viu em meio a discussões sobre crime de responsabilidade e até pedidos de impeachment. Partidos de centro começaram a debater o assunto no Congresso.

A tensão entre os Poderes ficou ainda pior, com declarações dos presidentes do STF, Luiz Fux, do Senado e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Bolsonaro, então, teve que recuar, e quem veio em seu socorro foi o ex-presidente Temer, responsável pela indicação de Moraes ao STF. Na ‘Declaração à Nação’, Bolsonaro disse que nunca teve intenção de agredir os outros poderes e que sua palavras, “por vezes contundentes, decorreram do calor do momento”.

“O conteúdo da carta vai ao encontro do que pensamos do Brasil, que Poderes se respeitem e da lógica de cumprimento da Constituição, de observância ao bem comum. A vida do país passa por momento de crise, na iminência de inflação, fome, miséria, crise energética, crise hídrica que recomendam que se coloque à mesa qual o planejamento que temos para enfrentar esses problemas. Acredito na união nacional no que interessa ao povo brasileiro”, disse Pacheco neste domingo, ao lado do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).

R7