Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil

Pesquisadores contratados pelo Ministério da Saúde se debruçam sobre cerca de 20 mil estudos para produzir a análise que servirá como base para o parecer da pasta sobre uso de máscara. No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a pressionar publicamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que recomende que a proteção seja facultativa.

Apesar da investida, segundo o próprio ministério, Queiroga e Bolsonaro não trataram do tema desde então.

Embora o presidente pressione publicamente pela adoção da medida, o Ministério da Saúde tem conseguido driblar as sucessivas ofensivas de Bolsonaro sobre o tema. A estimativa é que o estudo, coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), fique pronto somente em outubro.

Além da Unifesp, a pasta contratou pesquisadores externos para participar da revisão, assim como é feito usualmente em pesquisas científicas que são alvo de avaliadores independentes.

“A gente achou mais de 20 mil artigos na literatura, e agora os pesquisadores estão fazendo as análises desses estudos para trazer a revisão sistemática final. O prazo para terminar esse estudo é outubro”, afirmou a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da pasta, Alessandra Sá Earp. “O estudo é contratado pela universidade, e colocamos outros consultores do país todo. Os maiores pesquisadores de revisão sistemática no país a gente conseguiu que analisassem junto com a gente os estudos para dar mais credibilidade”.

Segundo Sá Earp, há pesquisadores no “país todo” atuando na análise que servirá como subsídio para o parecer da pasta. Ela não quis detalhar em que direção apontam as análises do grupo, porque qualquer observação antes da conclusão do trabalho, diz a médica, poderia “incorrer em equívoco”.

IG