Ministério Público investiga suspeita de manipulação de resultados no Campeonato Potiguar
05/06/2021 08h50
Imagem: reprodução
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte abriu um Procedimento de Gestão Administrativa para investigar denúncias de uma possível manipulação de resultados no Campeonato Potiguar.
A motivação que levou a FNF a pedir a ação do órgão ministerial foi o vídeo de uma confusão que aconteceu após o apito final da referida partida, onde atletas da equipe do Globo aparecem em uma discussão ríspida com o presidente de honra do clube, o senhor Marconi Barretto. As cenas ganharam repercussão nas redes sociais e na imprensa, e acabou chegando ao presidente da FNF, José Vanildo, que determinou o envio do caso às autoridades, além do MPRN, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Norte (TJD-RN) também foi provocado, para a apuração devida.
“A FNF pede ao Tribunal que apure e elucide os fatos para que não haja dúvidas sobre a correção de clubes e equipes em campo. Em casos confirmados, a FNF pede ao Tribunal que puna rigorosamente os envolvidos nos casos”, disse a entidade em nota oficial divulgada dia 24 de maio.
O que está sob investigação ministerial é específico e recai sobre o time de Ceará-Mirim. A investigação vai além dos 90 minutos disputados na tarde daquela segunda-feira, e analisa uma suposta parceria que o clube tinha com uma empresa de gestão que estava participando da administração da Águia.
Apesar de levantadas suspeitas sobre outros jogos envolvendo outros times, o caso do Globo foi o que chegou ao MP e está sendo investigado sob os cuidados do promotor Luiz Eduardo Marinho da 79ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal.
“O que chegou para mim especificamente foi relacionado a esses fatos do Globo e logicamente, por consequência, com relação a essa parceria que o clube tinha”, diz o promotor Luiz Eduardo Marinho que também falou sobre outros casos de possíveis fraudes levantadas nas redes sociais e divulgadas pela imprensa: “Eu vi essas questões de Palmeira e Assu. Ilações existem nas redes sociais e na imprensa esportiva. Agora o MP não pode ser o corregedor do futebol”, completa o promotor.