Foto: Webdesigner/EMPARN

Um levantamento feito por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), com base nos dados do Monitor das Secas, apontou que 80 municípios do RN se encontram em situação de seca fraca ou moderada ao final do período chuvoso. Comparando com o mesmo período de 2020, houve uma piora nas condições de seca no estado.

De acordo com o pesquisador da Emparn, Josemir Neves que realizou a avaliação dos dados, em 2020 nesse mesmo período, dos 167 município nenhum se encontrava em situação de seca moderada ou grave.

"Devido ao período chuvoso do ano passado que foi bem superior a esse ano, o estado tinha metade dos municípios sem seca aparente e outra metade com seca fraca. E não tinha nem seca moderada e nem grave", destaca o pesquisador.

Ainda de acordo com ele, pra chegar a esses índices, o Monitor das Secas leva em consideração dois indicadores principais: a quantidade de chuvas e também a temperatura. O nível dos reservatórios é utilizado apenas como suporte para que os dados mostrem um panorama mais real da situação de seca no estado.

A média de chuvas esperada para um ano normal no Rio Grande do Norte gira em torno dos 600 a 640 mm, segundo Josemir Neves.

“Esta situação foi motivada principalmente devido a qualidade do período chuvoso no Estado que no ano de 2020 foi de normal a chuvoso e neste ano ficou 30,4% abaixo da normal”, avaliou o pesquisador da Emparn.

Municípios da região da Borborema potiguar, como Santa Cruz, Tangará, Jaçanã, São José do Campestre, entre outros, apresentam situação mais crítica de severidade de seca. Assim como os municípios da região Seridó, onde os reservatórios também se encontram em situação crítica.

As análises apontam que a situação de seca da maioria das regiões se agravou, com exceção da região do Alto Oeste do Estado, onde predominava seca moderada houve um recuo para a condição de seca fraca.

“A região do Seridó Oriental e parte da Borborema Potiguar são as áreas que apresentam a condição de seca grave no momento, isto motivado pelo baixo quantitativo de chuvas ocorridas nessas regiões e a situação da maioria dos reservatórios, que se encontram em situação crítica”, completou Josemir Neves.

Sobre o Monitor da Seca

O Monitor da Seca é divulgado mensalmente pela Agência Nacional de Águas (ANA) e conta com a contribuição de diversas instituições do Brasil. No Rio grande do Norte, os dados meteorológicos e pluviométricos utilizados como base para a geração dos indicadores que alimentam o monitor são fornecidos pela EMPARN, que também é a instituição que coordena a validação local em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos hídricos do Rio Grande do Norte e Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte, (monitoramento da situação volumétrica dos reservatórios).

Por G1/RN