O Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, usou seu discurso após o encerramento do leilão de concessões de saneamento do Rio de Janeiro (RJ) para alfinetar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou esta semana que “todo mundo quer viver 100, 120, 130 anos” sem que haja capacidade no serviço público para atender a todos.
Dirigindo-se ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), Marinho afirmou que a universalização dos serviços de água e esgoto no estado vão beneficiar os “mais pobres, as pessoas mais humildes, as pessoas mais desassistidas”.


“Que vão poder ter melhor qualidade de vida. Que vão viver mais e melhor.

Quem sabe possam viver 100, 110, 120 anos. Tomara que isso aconteça em breve no nosso país.

Com qualidade, com vida plena, com acesso a educação com acesso a saúde, com acesso à cidadania”, afirmou.

Guedes havia acabado de discursar e estava sentado na plateia ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que levou uma comitiva de ministros aos leilão, considerado pelo governo o maior projeto de infraestrutura do país.“Todo mundo quer viver 100, 120, 130 anos. Todo mundo vai procurar serviço público [de saúde] e não há capacidade instalada no setor público pra isso. Vai ser impossível”, afirmou o ministro.

Guedes e Marinho vêm tendo embates públicos há tempos, tendo como último round as discussões sobre o Orçamento da União.

No início do mês, o ministro da Economia referiu-se ao colega como “ministro fura-teto”, termo que já havia usado em 2020.

FOLHA