FOTO: NESTOR J. BEREMBLUM/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO

A Justiça da Argentina confirmou um processo contra a ex-presidente e atual vice-presidente Cristina Kirchner, um ex-ministro e vários empresários, ao rejeitar, nessa quarta-feira (30 de setembro), um recurso em uma causa por suposta corrupção em obras públicas.A decisão foi proferida pela Câmara Federal de Cassação Penal, mais alta instância criminal do país, que considerou “inadmissível” um recurso interposto pela defesa da vice-presidente.

Na causa também são processados Julio De Vido, que foi ministro do Planejamento durante as presidências de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015), e poderosos empresários da construção civil, como Carlos Wagner, Benito Roggio, Osvaldo De Sousa, María Rosa e Gerardo Cartellone e Ángelo Calcaterra, primo do ex-presidente Mauricio Macri, entre outros.

Todos são acusados de associação ilícita e de 175 casos de suborno entre 2003 e 2015. A promotoria estimou em pelo menos 160 milhões de dólares o montante das propinas, que também teriam sido pagas entre 2003 e 2007, durante o governo do falecido Néstor Kirchner.

Cristina Kirchner, 67, é processada em nove causas por suposta corrupção durante sua presidência (2007-2015), uma das quais está em julgamento oral desde 2019. A vice-presidente afirma que os processos contra ela foram motivados por uma perseguição político-judicial durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019) e uma inimizade pessoal do ex-juiz Claudio Bonadio, que conduziu a maioria dos casos até a sua morte, em fevereiro.

Estado de Minas, com AFP