O percentual dos que rejeitam o governo de Jair Bolsonaro teve trajetória de alta nos últimos meses. Na pesquisa de 13 a 15 de abril, os que consideravam o chefe do Executivo ruim ou péssimo eram 33%. Hoje, são 48%.A ascendência da curva de rejeição coincidiu com o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil. No período, o presidente entrou em embate com outros Poderes, participou de manifestações com pautas antidemocráticas, ofendeu setores da mídia e perdeu 4 de seus ministros: Sergio Moro, da Justiça, Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos da Saúde, e Abraham Weintraub, da Educação.

Além disso, houve a controvérsia sobre a divulgação das novas mortes e casos comprovados de coronavírus. O governo chegou a retirar do ar por alguns dias as informações completas. Houve uma reação negativa da mídia, que acabou criando 1 consórcio para apurar diariamente os dados sobre o vírus.

Recentemente, o país também ultrapassou a marca de 50.000 mortos pela doença. Foram inúmeras imagens de caixões, valas abertas e hospitais lotados nas emissoras de televisão.

Quem mais rejeita?
53% – mais jovens, de 16 a 24 anos;
63% – com ensino superior;
59% – nordestinos.

Quem mais aprova?
35% – que tem ensino fundamental;
35% – mais velhos, acima de 60 anos;
40% – população do Centro-Oeste.

Leia a estratificação completa no infográfico abaixo:



A pesquisa, realizada de 22 a 24 de junho de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 549 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

PODER 360